13 de setembro de 2013

Nas loucuras e crônicas de Nanda - Parte III


[...] Ela resolve ler, ler mais tudo que já escreveu. E o que ela acha mais engraçado é que certos textos, depois de tanto tempo, nem parecem ter sidos escritos por ela.

  • No começo. Era tudo tão mágico. Tão novo, tão bonito, tão sincero. Apaixonante. Acho que se duvidar brotavam coraçõeszinhos de nos quando estávamos juntos. Nossos olhares diziam tudo que o coração queria dizer. Nossos abraços transmitiam todo sentimento e todo amor. Proteção. Carinho. As mãos dadas, o brilho nos olhos. Era impossível esconder. Era bom. Viciante. 
Até que nossos olhares passaram a se desencontrar em meio a uma briga e outra, nossos olhares compartilhavam de raiva, mágoa. Nossas bocas trocavam palavras que nosso coração não queria dizer. Transmitiam sentimentos que não queríamos sentir.
Mas não conseguíamos nos entender.
E acabou.
Mas até hoje quando te encontro vejo nos seus olhos que ai, dentro de você ainda existe um pouco daquele amor do começo. Que ainda brotam corações nos nossos encontros, e saltam faícas nos poucos toques que temos. Você não consegue esconder. Nem eu. Nunca conseguimos. Mas tanto sentimento sofreu rachaduras após tanto impacto. Nossas divergências nunca foram resolvidas. E o nosso orgulho tem derrubado o pouco que ainda resta.

Vamos voltar pro começo, talvez começar do fim nós ajude a voltar ao inicio, sem ter q passar pelo meio e chegar ao final de novo.

E lá está, Paris!
Nanda se hospeda em um hotel de frente para a Torre Eiffel. E olha para a cidade luz, de noite, olha para um mundo inteiro que aguarda por ela, e ela que aguarda muito do mundo.

Já no outro dia Nanda decide passear pela cidade, como já sabe falar francês (afinal esse foi um dos principais motivos para ela escolher Paris como destino). Ela entra em uma lojinha, simples, a primeira que vê, um brechó de beira de esquina, e encontra relíquias, muitas maravilhas da moda, que raramente encontraria no Brasil, e por um preço ótimo. Lá dentro ela se encanta pelas variações de moda que encontra, diferentes épocas, diferentes estilos reunidos em um lugar pequeno e “simples” a primeira vista.
Já la dentro ela esbarra com um rapaz. E eles derrubam quase uma prateleira inteira de sapatos. E Nanda acaba pedindo desculpas em português, por conta do susto. E para a sua surpresa ele responde também em português.
Nanda se apresenta como Fernanda Alcântara.
Ele como Miguel. Só Miguel.


E dali em diante Nanda acaba se tornando, Fernanda. 

Continuação...


Renata Rodrigues

Parte II 

Parte I


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