29 de abril de 2013

_Texto Alheio: O que ela tem que eu não tenho?


Sempre tem aquela amiga que chama mais atenção. Você se pega olhando no espelho: ‘mas ela nem é tão bonita assim’. Ela também não é tão inteligente, ou sabe dançar melhor, ou cantar melhor. Ela nem mesmo sabe cozinhar aquele prato maravilhoso que só você sabe fazer, ou nem tem aquele corpo de parar o trânsito. É alguma espécie de charme, alguma coisa, que faz com que ela realmente atraia mais atenção. Outras amigas são mais bonitas, mais inteligentes, mais fofas, mais talentosas, mas no final, é ela que não passa despercebida por onde anda. Em alguns casos eu tive a certeza que era o jeito de falar. Sim, o jeito de falar com toda aquela convicção, o jeito como sempre tinha novidades, como tudo que ela vivia parecia interessante, o modo como todos os seus dias eram intensos… Reparei que essa garota também sabia como usar seu corpo. Não pretendo que essa observação faça-a parecer vulgar, mas verdade seja dita: ela sabia ser sensual, ser elegante, e prender a atenção dos garotos e garotas quando chegava. Ela podia não ser uma it girl, uma super entendedora de moda, ou aparecer sempre com looks invejáveis: mas era incrível como suas roupas caiam bem no seu corpo, e ela parecia saber disso.

Hoje eu vejo que não há um ‘porque’, uma fórmula secreta, que faça essas garotas serem tão interessantes. Mas com certeza há um elemento que elas dispunham (e muito!) que faz toda a diferença. Em todos os trejeitos que percebi de cada uma, cada peculiaridade, esse elemento estava presente, refletido de maneiras diferentes. O nome disso é auto-confiança, e devo confessar, isso sempre me pareceu papo de livro de auto-ajuda. E é. Mas não é que o negócio é verdade?
Desenvolver a auto-confiança não é tarefa fácil, mas os resultados são nítidos. Eu nunca acreditei muito nessas coisas de que ‘somos aquilo que acreditamos ser’, mas conversei bastante com algumas dessas garotas, e devo dizer, em cada conversa, eu recebia uma grande aula de amor-próprio, de segurança, de auto-confiança. Muitas já me explicaram: “não precisa repetir o dia inteiro que você é bonita ou perfeita. Não vai adiantar. Você tem que, pelo contrário, conhecer todos os seus defeitos e saber minimizá-los. Saber trabalhar em cima deles, desencanar. E daí sim, se sentir bonita, atraente. Transparecer, transbordar beleza. Isso, quem tá de fora pode ver.” E principalmente: sentir!
E é natural, sem forçar. Veja bem, não estou dizendo pra você ficar se achando a gata mais linda do universo, colocar o nariz lá em cima e achar que o mundo gira a sua volta. Estou dizendo para todo dia de manhã você tomar uma dose caprichada de auto-estima.
Aprenda a valorizar suas qualidades, sem arrogância. Educação sempre. Teste seus ângulos na frente do espelho, saiba o que cai bem em você, e abuse do que te faz bem. Não se esconda atrás da sombra de alguém, permita-se chamar atenção de vez em quando. Aprenda a debater, a articular seus argumentos. Faça o que gosta, cuide do seu corpo. Não tenha medo de ser sexy, é maravilhoso (e não pecado!) se sentir desejada. E não esquecer: vestir um sorriso torna a roupa mais bonita.

Luíza Xavier


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