Beatrice fica tão confusa. Que chega a ter reações que nem
ela mesma entende!Talvez ela tenha exagerado, mas será que ele já percebeu a
forma como á tem tratado ultimamente? Ele a trata super mal, ela fica péssima,
e finge.
Finge que não se importa, que não ouviu, ou até mesmo que
não lembra.
Mas ela se importa. E muito.
Porque machuca. Porque fere.
Mas lá está Beatrice se defendendo, ou ao menos tentando.
Pois depois de uma chuva ácida de palavras, lá vem ele, com um jeitinho, com
abraços e beijos. Acariciando, e tentando remediar as feridas causadas por ele
próprio. Talvez para depois ir lá e derramar mais uma chuva ácida sobre elas.
Ela tenta não se entregar, ser mais forte do que o que sente
por ele.
Se protege da chuva, procura um cantinho forte para se
abrigar.
A chuva para.
Ela sai da defensiva, e se arrisca.
É quando uma torrencial tempestade de ácido retorna a
corroê-la por dentro.
Até quando vai ser assim? Quando essa chuva vai parar? Ou
quando Beatrice vai encontrar uma forma de se proteger sem se ferir?
As palavras são como uma chuva ácida. A diferença é que
corroem por dentro.
- Renata Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário